Para amar alguém, é preciso lidar com questões que envolvem alteridade, aceitando as diferenças entre o que se é e o que o outro é. Narcisistas adoecidos não conseguem amar a ninguém além de si próprios e esperam que todos a seu redor compactuem com seus delírios de magnanimidade. Eternamente insatisfeitos com suas infinitas demandas, podem causar toda sorte de acuamento, terror, manipulação e ira na medida em que o limite do outro se revela.
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Silvia Malamud
Cuidado: nem toda relação que passa por conflitos pode ser considerada tóxica.
Em um relacionamento tóxico, a sensação é de que você perde forças físicas, energia e discernimento, passando a funcionar como um autômato deprimido e assustado. Existe uma obscura e violenta forma de manipular o outro através de coerção e de ameaças emocionais veladas, porém é bom saber que nem toda relação que passa por conflitos se encaixa nessa categoria. Observe, reflita, conheça mais sobre o assunto e sobre você e tire as suas próprias conclusões dentro deste delicado e importante tema da nossa atualidade.
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Silvia Malamud
Psicopatas não são capazes de amar, não sentem emoções, mas fingem ter sentimentos dependendo da situação e de seus objetivos.
Muitos estudiosos postulam que o dano emocional do psicopata é neurológico e de nascença. Definem que a psicopatia é um acidente neurológico e que, portanto, se assim se nasce, não há possibilidade cura. Será?
Psicopatas não tem disposição para fazer terapia, não são cooperativos e quando são pegos em seus deslizes jamais sentem culpa ou vergonha. Programas penitenciários que visavam a recuperação destes provaram que eles aprendem mais sobre como funcionam e quando saem das prisões encontram-se mais afiados do que nunca. Durante o período de suposta recuperação, são as melhores pessoas, extremamente cooperativos.
A maioria das pessoas não acredita em cura emocional para o psicopata por causa das obscuras dimensões deste tipo de adoecimento onde, dependendo do caso, a dissimulação entre verdades e mentiras é tão bem teatralizada que até os detectores de mentiras mais sofisticados e mesmo aqueles que estudam anos a fio suas micro expressões faciais tem dificuldades em discernir sobre a verdade dos fatos.
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Silvia Malamud
Abuso é um assunto extremamente sério e não deve ser banalizado a ponto de ser tratado por profissionais não qualificados.
Se o paciente não consegue se lembrar com clareza do evento do abuso, na certa é porque o seu mecanismo de sobrevivência sabiamente o esquivou de entrar em contato direto com a dor do terror passado, protegendo-o de um possível descontrole e colapso emocional maior. Portanto, um profissional não qualificado facilmente correria o risco de “cutucar” de modo imprudente por não ter o conhecimento necessário sobre os perigos que podem surgir ao abrir as portas do psiquismo de modo indevido, principalmente nessas difíceis e dolorosas vivências. As vítimas podem sofrer mais ainda se não forem tratadas corretamente, podendo desenvolver um surto psicótico ou mesmo não atingindo o real ponto de virada.
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Silvia Malamud
Sempre que não acreditamos em nós mesmos, desperdiçamos nosso poder pessoal.
Quando temos consciência do prejuízo emocional causado pelo convívio com um narcisista perverso, a cura emocional está próxima. Lembre-se: nosso poder de transformação é ilimitado e podemos a qualquer momento nos reinventar por completo e sair de qualquer filme existencial que nos roube de nossas próprias vidas.
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Silvia Malamud
Não confunda necessidade de pertencer e medo da rejeição com amor.
Pergunte-se em nome do que você tem permanecido de modo não saudável e decida por honrar-se acima de tudo. De permissão para si mesmo para existir na essência do que realmente é. Diga não aos medos infundados e ao medo do abandono. Ou se mudar cenários, apostando em você e na sua vida, que é seu bem maior, e confie na sequência dos fatos. Quando você decide estar definitivamente presente, no sagrado do seu existir, uma frequência invisível passa a te acompanhar guiando a sua existência para melhor.
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Silvia Malamud
O contato zero é fundamental para quem está se recuperando de um relacionamento abusivo.
Um relacionamento tóxico atua como uma droga. É algo que, quando entra você em contato, faz mal, vai te viciando e te destruindo, mas como qualquer drogadição, você não se dá conta desse movimento, pois tem a ilusão de estar recebendo algum benefício que gera prazer e conforto.
Se perceber que está vivendo esse tipo de situação, o melhor a fazer é promover um afastamento total com contato zero - e esteja certo de que, mesmo se o distanciamento lhe causar uma síndrome de abstinência, essa ação valerá a sua vida.
A distância é uma das maiores formas de recuperação. Após o término efetivo, a maioria que se liberta afirma que, apesar da necessidade de suporte e de ajuda psicológica para este recomeço, o sentimento de alívio gerado acaba acelerando a sensação de bem-estar por estarem se ganhando de volta.
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Silvia Malamud
Não é fácil sair de um relacionamento abusivo sem ajuda e informação externa, mas é plenamente possível.
Não é fácil sair de um relacionamento abusivo enquanto não se busca informação externa e ajuda, pois a dúvida auto-perceptiva instalada pelo gaslighting e outras manipulações deixam a vítima atordoada, como se estivesse vivendo dentro de um cárcere.
Muitas sequer tem consciência do que estão passando e acabam invalidando os maus tratos que sofrem. Outras percebem que algo não vai bem, mas não conseguem identificar com clareza. A maioria tem enorme dificuldade de se considerar abusada, mesmo sabendo de todo o mal que sofreu e reconhecendo que era muito melhor antes de tais relacionamentos.
Somente depois é que se tem a real dimensão do que aconteceu. Nestes casos, a ajuda, a união e a astúcia dos familiares e amigos, junto de um trabalho psicológico competente, podem fazer com que a vítima desperte e salve sua vida.
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Silvia Malamud
A mãe narcisista que se faz de vítima acredita verdadeiramente que é vítima. Age no objetivo de cegamente validar e impor o seu exacerbado sentido de importância. Culpabiliza indevidamente o filho, no intuito de atingir seus objetivos e de ser ela - e apenas ela - o assunto.
Mães magnânimas sempre se enaltecem descaradamente contando seus feitos, antigos ou atuais, sejam dramáticos ou não. Discorrem sem fim sobre o que falam de legal sobre elas ou, as que se fazem de sofredoras, agem como vítimas eternas da incompreensão alheia. Ambas são exemplos de uma cartilha perversa que “ensina” como manipular ambientes a favor de si e, quando as coisas não saem como esperado, diminuem o outro e entram na ira narcísica e no clube do silêncio.
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Silvia Malamud
Love Bombing: A promessa do amor perfeito
O termo #LoveBombing diz respeito ao turbilhão afetivo da fase da conquista, quando os abusadores se apresentam como a melhor pessoa do mundo, fazendo a vítima acreditar que encontrou seu príncipe encantado e par perfeito.
Como os abusadores narcisistas tem uma percepção muito boa sobre o outro e buscam alguém que os leve para o status de magnanimidade, sabem enxergar a exata necessidade de suas vítimas e usam isso para conquistá-las, dizendo o quanto elas são únicas e sua alma gêmea, de forma muito promissora e intensa.
Sem fazer uma leitura profunda sobre quem é o outro, a vítima fica impressionada com o poder de sedução, tomada pela impulsividade e, dada a própria falta de leitura de si mesma, não consegue perceber o que tem diante de si, buscando validar suas carências e questões afetivas não resolvidas a partir do outro, numa cilada que pode ter finais trágicos.
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Silvia Malamud