Quem se recuperou de um relacionamento abusivo precisa de cuidado redobrado para não ficar ativado em situações que nada tem a ver com os fatos ocorridos anteriormente.
Sempre comento com meus pacientes que anos após o resgate de si mesmos é que irão se dar conta da real dimensão do que passaram enquanto estiveram sequestrados por predadores emocionais em relacionamentos tóxicos.
Os resgatados precisam de cuidado redobrado para não ficarem ativados em situações que absolutamente nada tem a ver com os fatos ocorridos anteriormente. Inúmeras vezes situações corriqueiras ainda poderão acionar nessas pessoas gatilhos, aceleração cardíaca, angústia, tremores, sensações de queimação na área do peito, barriga, estômago, entre outras. Tudo isso porque os sistemas físicos e a alma ainda não se recuperaram plenamente dos traumas que esse tipo de relação devastadora promove.
Quem passou ou está passando por situações abusivas sabe o que isso significa e como todo o tipo de ajuda se faz necessária. Nesses casos, é importantíssimo um processo terapêutico para que a total recuperação ocorra.
Terapias de reprocessamento cerebral como EMDR e Brainspotting tem a capacidade de colocar o paciente em várias situações que foram danosas a fim de serem redimensionadas, tecendo uma espécie de colcha de retalhos sobre todo o ocorrido, extravasando, ao mesmo tempo em que reescreve as emoções e pensamentos disfuncionais que ficaram nas situações traumáticas. Isso modifica a compreensão de memórias danosas, fortalecendo e resgatando recursos pessoais até que se chegue na cura emocional. Pensamentos, sentimentos e crenças antes mal focados conseguem definitivamente realizar o seu fluxo contínuo como se fosse um rio límpido correndo livre, sem desvios ou quaisquer outros impeditivos.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Empatia, compaixão e sintonia são palavras que não constam no dicionário afetivo de narcisistas perversos.
O contato olho no olho e o "eu te percebo, você me percebe" dificilmente acontece ou mesmo inexiste por completo nas relações com narcisistas perversos. Não há ligação emocional e as relações crescem num clima condicional, sob um pano de fundo de crítica, onde os parceiros ou familiares frequentemente sentem que nunca serão suficientemente bons perante o julgamento do que seria o ideal para contentar o outro. Permanecem, portanto, subjugados e reféns, com as vidas paralisadas à espera de algum mínimo gesto de aprovação ou migalha de afeto.
Se almeja ser feliz em meio a uma relação tóxica desta ordem, saia dessa frequência, mude o seu filme interno e nunca espere nada além do que você já sabe que eles são, pois estes jamais irão mudar esse tipo abusivo de comportamento. Busque ajuda para se desvencilhar, resgate a sua autoestima e autonomia pessoal, reinvente-se e faça terapia.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Família não é questão de sangue, mas de quem segura sua mãe quando você mais precisa.
Uma das maiores vantagens que as famílias narcisistas podem ter sobre os seus bodes expiatórios ocorre quando conseguem fazê-los perderem a razão.
As reações desmedidas dessas vítimas costumam ocorrer nos momentos em que se veem em desespero por não serem vistas ou ouvidas e, também, pelo acuamento coercitivo que sofrem para aceitarem situações abusivas de modo passivo.
O pior momento, porém, ocorre quando tais personagens deste macabro cenário insistem em negar os fatos, distorcendo todas as percepções que as vítimas possam ter, acusando-as de várias maneiras pelos infortúnios que estariam causando.
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Silvia Malamud
MANTRA ANTI-ABUSO:
Posso observar e reconhecer as mecânicas sem que elas me afetem. A minha opção é ser livre. A minha escolha é ter o meu aprendizado dentro das mecânicas vigentes e aprender a sair delas para ampliar o meu movimento na Terra e na espiritualidade. A escolha pela lucidez faz parte de um presente incorruptível, um movimento sagrado e infinito. Posso ser quem sou independente das amarras que costumam sequestrar mentes e almas. Estou livre. Sou livre.
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Silvia Malamud
Ser uma pessoa briguenta e estar consecutivamente envolvida em discussões pode ser mais danoso para sua expressão no mundo do que você possa imaginar.
Os sentimentos subliminares que vem das brigas crônicas, além de gerar enorme mal-estar, levam a reações defensivas e indevidas para lidar com este tipo de estresse. O problema é que, se você sente que nunca é ouvida, por exemplo, como reação para a vida afora, você pode ir com uma crença infundada de que não vale nada, de que é insignificante e por aí vai… E como reflexo, você pode tentar se impor a qualquer custo ou se isolar por achar que não vale a pena sequer tentar colocar a sua opinião. Se você observar, verá que nas duas soluções, o pano de fundo que rege tal movimento é a angústia.
Situações danosas dessa ordem, indubitavelmente, geram reações indesejáveis e podem te deixar atado a elas como robôs, como se um "eu" percebesse um padrão de funcionamento e se sentisse impotente por não conseguir mudar.
Nesse caso, se você não fizer nada a esse respeito, invariavelmente repetirá esse mal-estar constantemente. Os cenários mudam, mas nosso sistema de sobrevivência, a nossa máquina cerebral, se não fizer um bom trabalho de reprocessamento e de ressignificação, continuará fixo no padrão de funcionamento aprendido.
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Silvia Malamud
A princípio, dirigir a própria vida não é fácil. Trata-se de um acordar complexo e trabalhoso, mas que, ao longo do tempo, oferece uma inquestionável satisfação pessoal. Saber dizer não às situações que não são saudáveis para nós é uma das travessias a serem conquistadas por quem decide trilhar a sagrada jornada do autoconhecimento.
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Silvia Malamud
Alguma vez você já teve um dia em que tudo aconteceu no momento certo e pareceu perfeito? Isso se chama SINCRONICIDADE.
Se você tivesse chegado alguns segundos antes ou depois, não teria sido igual. O timing foi tudo. E você pôde estar no lugar certo e na hora certa não por sorte ou acaso, mas porque estava em perfeita harmonia com os seus processos e em sintonia com tudo o que existe.
Todos nós podemos fazer parte desse lugar sagrado ativando a qualidade da nossa presença na máxima potência, transformando as nossas existências numa espiral virtuosa de eventos que mais e mais nos ajudam nos nossos processos de despertar. Compartilhe um evento de sincronicidade que aconteceu com você e ative essa frequência. Quanto mais se fala e quanto mais se lê a respeito, mais seremos tocados por essa dança mágica!
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Silvia Malamud
Como funcionam as famílias de narcisistas perversos:
A família tem como prática agir dentro de um padrão onde é frequente um falar mal do outro e onde as pessoas dificilmente se enfrentam de modo direto. Tomam partido fazendo alianças sobre quem é o bacana do momento em detrimento de um outro que foi grosseiro, egoísta, ou o que seja.
Na trama, por conta da insuportável carência afetiva, a lei compactuada para que no final se possa receber alguma brisa afetiva é a aliança entre os “fortes” mediante a desqualificação abusiva do outro. O ensinamento é que para ser visto e, portanto, existir, deve se comportar desta forma.
O clima entre todos é sempre de tensão e de desconfiança. Reina uma espécie de doutrinação envolvendo comportamentos velados.
As vítimas deste sistema abusivo ora são passivas demais por não entenderem ao certo o que se passa e por se sentirem indevidamente culpadas, ora são agressivas demais quando passam por algum rompante alucinado de lucidez. Nessas ocasiões é comum acontecerem explosões de raivas e de fúrias avassaladoras. Enquanto não despertarem, ficarão atadas nessas conexões e dinâmicas perversas.
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Silvia Malamud
Narcisistas perversos usam de agressividade - velada ou não - com a finalidade de persuadirem seus parceiros a silenciarem suas autodefesas, vencendo-os pelo cansaço até que por fim consigam destruir sua autoestima, gerando dependência emocional.
Para chegarem nesse ponto, os farão acreditar nas mais descabidas mentiras, incluindo dúvidas sobre si mesmos e sobre suas capacidade inatas de terem discernimento.
Por meio da lavagem cerebral, os parceiros começam a pensar e ter opiniões sobre si mesmos que não teriam se estivessem em condições de liberdade, mas não sabem disso. As técnicas utilizadas para a lavagem cerebral costumam ser a desumanização, a privação do sono, o assédio moral, a inserção de sentimentos de culpa, a inversão sequencial de verdades e o gaslightening.
Os comportamentos abusivos sobre as vítimas serão tão incidentes que chegará um ponto em que seus cérebros estarão como uma página em branco. Dominadas e submissas, mesmo quando sabem que sofreram abusos, muitas das vítimas passam a acreditar que não serão capazes de seguir com a própria vida sem estarem atadas aos seus algozes. Muitas delas, ainda que visivelmente dilaceradas, no período da necessária ruptura, por vezes defenderão os seus manipuladores. Parece historia de ficção, mas infelizmente não é.
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Silvia Malamud
Frase de finalização terapêutica de uma paciente que passou por um relacionamento abusivo:
"Aprendi a fazer escolhas livres, sou dona da minha vida, sou dona do meu destino e vai ter meu amor e a minha dedicação quem merecer. Não me sinto marionete das circunstâncias. Tenho bom senso e respeito pelas pessoas. Sem culpa, sem medo e sem insegurança, estou aberta para o novo."
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud