Uma conexão só pode ser real se houver espaço para a vulnerabilidade
Às vezes estar junto sem falar já é o bastante. Observe quando calar oferecendo o seu silêncio afetivo. Por mais carente que você possa estar, jamais banalize situações que lhe causem o mínimo de desconforto. Toda percepção de que algo não vai bem são informações certeiras a respeito do que pode ser o futuro do relacionamento. Como dica essencial, seja bastante observadora antes de se abrir afetivamente.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Pais narcisistas costumar fazer uso do amor, apego e sacrifício dados aos filhos como argumentos perigosos de chatagem e manipulação.
Pais narcisistas fazem os filhos parecem loucos.
Se você precisar de um olhar de reconhecimento no sentido de acalmar o seu coração sobre algo danoso que eles te fizeram, esqueça. Eles dirão que não se lembram, que você está hiperdimensionando os fatos, que você é encrenqueiro e por aí vai. Tudo no sentido de desqualificar a sua dor e o seu pedido desesperado por um pouco de empatia.
Nesses casos de súplica por um olhar coerente, os argumentos que esses pais narcisistas utilizam são novas manipulações. É de enlouquecer, pois além de negarem a veracidade dos fatos, acusam os filhos de ingratidão e perseguição, se colocando como vítimas e invertendo culpas - uma das formas de tortura emocional mais devastadoras da psicologia.
Antídoto? Conhecimento sobre o tema, saber impor limites, tomar atitudes, muita terapia e fazer um luto dos pais que não foram possíveis.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Você acredita em amor ideal?
Todos nós interpretamos o amor ideal como se alguém no mundo tivesse nascido exclusivamente para nós. A ideia inventada é de que é impossível ser feliz sozinho e que sem uma parceria afetiva a vida estaria fadada ao fracasso.
Muitos de nós, para não dizer a maioria, acredita cegamente nas variáveis dessa crença romântica. Somos tão e há tanto tempo bombardeados por este conceito que e é quase impossível encontrar alguém descontaminando deste padrão.
Por outro lado, hoje mais do que nunca, começam a existir pessoas imunes, que despertaram dessa trama aprisionante. As evidências da vida nos mostram ininterruptamente de que a nossa felicidade nunca poderá estar nãos mãos de ninguém. O amor ideal, portanto, é uma invenção e uma convenção social que pode ser questionada e reinventada de acordo com a individualidade de cada um.
Numa pesquisa histórica, podemos observar que a forma e o amor que temos hoje é bastante distinto de tudo o que já existiu, com diversas variações sobre o que pode significar laços afetivos. Amar não é e nem precisa ser igual para todos. Vemos direto pelas mídias que ter um relacionamento afetivo não é exemplo de felicidade.
A lição mais contundente de todo este cenário é que as nossas questões emocionais e existenciais não se resolvem com o uso de "muletas" externas e que a viagem da transformação interior sempre começa dentro e não fora. Ninguém tem o poder de preencher o outro em sua identidade e destino.
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Silvia Malamud
Homens também podem ser vítimas de abuso emocional.
Não são poucas as vezes que recebo em meu consultório homens emocionalmente fragilizados, vítimas de abuso emocional. Homens que passam por este tipo de sofrimento não são mais fracos do que a maioria e não seria justo qualquer tipo de descrença a respeito de suas histórias. A temática do abuso, infelizmente, independe do sexo e do gênero.
Via de regra, tais pacientes chegam deprimidos, confusos e culpados, pedindo ajuda para entenderem e conseguirem lidar melhor com as dinâmicas das relações afetivas nas quais estão envolvidos.
Aqueles que permanecem nas relações, revelam que vivem sob ameaças constantes e em meio a críticas bastante ostensivas. Contam que nada do que fazem ou falam parece adequado, que recebem comentários de desdém somados à ironias sem fim. Vivem restringidos na liberdade que poderiam ter de conviver com as suas famílias de origem ou com amigos que, inclusive, poderiam até ser em comum ao casal.
Já não sabem o que fazer para agradar, uma vez que praticamente tudo o que têm feito em nome de apaziguarem os ânimos acaba revertendo numa insatisfação crônica repleta de críticas destrutivas. Sofrem de uma obsessão por parte dos seus pares, para saberem onde estão, com horários monitorados sob ameaças de explosões de ira. Exaustos e sem saída emocional saudável, optam por passarem por cima dos seus próprios sentimentos e de tudo o que poderia ser viável.
Mesmo quando despertam reconhecendo que estão passando por relacionamentos tóxicos, ainda assim existe bastante dificuldade até se verem livres por completo de tais dramas.
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Silvia Malamud
Um narcisista perverso não suporta o brilho alheio. Qualquer pessoa que ameace a sua frágil percepção de si mesmo deve ser apagada.
Como o vazio interior de um narcisista perverso é grande, a luz de qualquer pessoa que ameace a sua frágil percepção de si mesmo deve ser apagada imediatamente. Isso não fica efetivamente em evidência porque ele sabe das leis de boa conduta e precisa, por sua característica narcísica e perversa, parecer “bem na fita”.
Uma de suas principais armas é a promessa de um relacionamento de fusão, ou seja, de compatibilidade absoluta, seja em qual área for. Para tanto, o grau de sedução vai às alturas. Nessa fase, as promessas fazem o colorido das conversas e com isso ele vai descobrindo o que falta na vítima, onde dói e o que precisa ser suprido.
Após a entrega afetiva da vítima, quando se cai na ilusão de que as carências podem ser sanadas, seu lado narcisista perverso aparece. De uma hora para outra, a vítima passará a ser criticada, nunca estará suficientemente boa no que faz e nem em como é. Juntamente com as críticas, uma ameaça sinistra de abandono fica pairando no ar.
As vítimas, uma vez fisgadas, esquecem-se de que até pouquíssimo tempo estavam autossuficientes em suas vidas e com o seu brilho próprio.
A solução para resolver esse impasse está na consciência do lugar onde se está e em um auxílio terapêutico que ajude a sair dessa trama de modo fortalecido e a curar feridas emocionais escondidas.
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Silvia Malamud
Não precisamos ser salvos nem resgatados. Precisamos conhecer o nosso próprio poder e saber como acessá-lo.
Assisto o nosso filme existencial e me pergunto o porquê de tantas vidas tão diferentes nesse planeta - gente sofrendo, gente se amando, pobres, ricos, pessoas vivendo em tribos ou em locais distantes dos nossos, com valores diferentes, doenças de toda ordem, dança, arte, música… Onde estaria cada um de nós nesse mosaico que ao mesmo tempo em que evidencia tantas diferenças, simultaneamente nos mostra o quanto somos iguais?
Que possamos adquirir maestria sobre toda essa experiência chamada VIDA e que no dia certeiro possamos fazer a nossa passagem mais lúcidos, com a mala de viagem repleta de sabedoria e conhecimento.
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Silvia Malamud
COMO FUNCIONAM AS FAMÍLIAS DE NARCISISTAS PERVERSOS:
A família tem como prática agir dentro de um padrão onde é frequente um falar mal do outro e onde as pessoas dificilmente se enfrentam de modo direto. Os familiares tomam partido e fazem alianças a partir de quem é o bacana do momento em detrimento de um outro que foi grosseiro, egoísta, ou o que quer que seja.
Na trama, por conta da insuportável carência afetiva, a lei compactuada para que no final se possa receber alguma brisa afetiva, é a aliança entre os “fortes” mediante a desqualificação abusiva do outro. O ensinamento é que para ser visto e, portanto, existir, é preciso se comportar desta forma. O clima entre todos é sempre de tensão e de desconfiança. Reina uma espécie de doutrinação envolvendo comportamentos velados.
As vítimas deste sistema abusivo ora são passivas demais por não entenderem ao certo o que se passa e por se sentirem indevidamente culpadas, ora são agressivas demais quando passam por algum rompante de lucidez. Nessas ocasiões, é comum acontecerem explosões de raiva e fúrias avassaladoras. Enquanto não despertarem, ficarão atadas nessas conexões e dinâmicas perversas.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Mães narcisistas se recusam a oferecer apoio emocional aos filhos porque subestimam qualquer necessidade que não seja a sua.
Mães narcisistas perversas se auto-intitulam como boas e amorosas, mas suas reais atitudes, que na maioria das vezes somente acontecem nos bastidores, é que irão revelar quem de fato elas são e que, com toda certeza, é bem distante do que pregam, inclusive perversamente, confundindo a sanidade e a percepção das próprias filhas.
A sensação emocional passada por essas mães é de que o que se faz nunca está bom e de que elas, as mães, certamente fariam ou fazem melhor.
Filhas de mães narcisistas sabem da regra de nunca poderem ter acesso emocional às suas mães, em um sofrimento profundo e silencioso. Por sua vez, para sua sobrevivência psíquica, as mães, com todas as suas forças, lutam contra tudo e todos protegendo-se de um possível acesso ao seu self verdadeiro, por medo de um suposto ataque desintegrador que viria de fora. Com isso, criam máscaras e mais máscaras de magnanimidade e de falsas perfeições.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
Quem se recuperou de um relacionamento abusivo precisa de cuidado redobrado para não ficar ativado em situações que nada tem a ver com os fatos ocorridos anteriormente.
Sempre comento com meus pacientes que anos após o resgate de si mesmos é que irão se dar conta da real dimensão do que passaram enquanto estiveram sequestrados por predadores emocionais em relacionamentos tóxicos.
Os resgatados precisam de cuidado redobrado para não ficarem ativados em situações que absolutamente nada tem a ver com os fatos ocorridos anteriormente. Inúmeras vezes situações corriqueiras ainda poderão acionar nessas pessoas gatilhos, aceleração cardíaca, angústia, tremores, sensações de queimação na área do peito, barriga, estômago, entre outras. Tudo isso porque os sistemas físicos e a alma ainda não se recuperaram plenamente dos traumas que esse tipo de relação devastadora promove.
Quem passou ou está passando por situações abusivas sabe o que isso significa e como todo o tipo de ajuda se faz necessária. Nesses casos, é importantíssimo um processo terapêutico para que a total recuperação ocorra.
Terapias de reprocessamento cerebral como EMDR e Brainspotting tem a capacidade de colocar o paciente em várias situações que foram danosas a fim de serem redimensionadas, tecendo uma espécie de colcha de retalhos sobre todo o ocorrido, extravasando, ao mesmo tempo em que reescreve as emoções e pensamentos disfuncionais que ficaram nas situações traumáticas. Isso modifica a compreensão de memórias danosas, fortalecendo e resgatando recursos pessoais até que se chegue na cura emocional. Pensamentos, sentimentos e crenças antes mal focados conseguem definitivamente realizar o seu fluxo contínuo como se fosse um rio límpido correndo livre, sem desvios ou quaisquer outros impeditivos.
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Silvia Malamud
Mães narcisistas se recusam a oferecer apoio emocional aos filhos porque substimam qualquer necessidade que nao seja a sua.
Mães narcisistas perversas se auto-intitulam como boas e amorosas, mas suas reais atitudes, que na maioria das vezes somente acontecem nos bastidores, é que irão revelar quem de fato elas são e que, com toda certeza, é bem distante do que pregam, inclusive perversamente, confundindo a sanidade e a percepção das próprias filhas.
A sensação emocional passada por essas mães é de que o que se faz nunca está bom e de que elas, as mães, certamente fariam ou fazem melhor.
Filhas de mães narcisistas sabem da regra de nunca poderem ter acesso emocional às suas mães, em um sofrimento profundo e silencioso. Por sua vez, para sua sobrevivência psíquica, as mães, com todas as suas forças, lutam contra tudo e todos protegendo-se de um possível acesso ao seu self verdadeiro, por medo de um suposto ataque desintegrador que viria de fora. Com isso, criam máscaras e mais máscaras de magnanimidade e de falsas perfeições.
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Silvia Malamud