Ao longo da vida, a maioria de nós, passivamente e sem questionamento algum, sequer desconfia que o modo como sentimos ou pensamos possa ter sido totalmente alterado por outros sistemas de valores e de crenças muito diferentes do que poderíamos ser.
Mais do que se imagina, inúmeras pessoas são submetidas a potentes forças de persuasão e coerção, nem sempre as identificando como tais, e correndo o risco de esquecerem-se de quem são e de quem um dia foram.
A lavagem cerebral faz uma espécie de doutrinação cega no pensamento e no modo de ser das pessoas, reeducando-as para que funcionem de acordo com o que se espera que sejam. Para que este intento se realize com sucesso, métodos agressivos como persuasão, imposição autoritária, inserção de culpas, cansaço e outros da mesma ordem costumam servir como regras básicas.
Com os avanços das condutas de tortura mental, automaticamente essas pessoas vão sendo inseridas em situações de clausura, posto que com o tempo, não mais conseguem viver a própria vida distantes dos abusos. Permanecem numa espécie de torpor psicológico que as impedem de ver com clareza onde e como estão. Acabam se convencendo de que não vão dar conta de terem vida própria, com pensamentos livres e independentes, sendo induzidas a pensarem que não são capazes de se auto-gerenciarem.
A cura emocional acontece a partir do momento que se reconhece tais cenários, da desconstrução das falas verdades impostas e do resgate de si mesmo. Abuso emocional? Não!
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
O medo avassalador da ruptura afetiva, somado ao drama da ausência de uma escuta validadora, faz com que as vítimas de pais narcisistas perversos entrem em
colapso emocional ao necessitarem fazer qualquer tipo de posicionamento em suas vidas.
Desde muito cedo, doutrinados a esquecerem-se de si mesmos em nome dos desejos dos pais, quando se encontram em necessidade de sobrevivência vida afora, não sabem como agir, temem não serem ouvidos ou desqualificados como sempre foram. Algumas vezes perdem a medida calando-se demais, sendo cordatos, repetindo cenários anteriores devido ao medo da rejeição. Outras vezes, entram em desespero e irritação, explodindo em situações que poderiam ser resolvidas em apenas uma boa conversa.
Essa é uma das sequelas que precisam de uma auto-percepção ativada e de terapia competente para que tais padrões traumáticos possam ser efetivamente transformados, gerando mais autoestima, amor próprio, segurança e confiança nos outros, em si e na vida.
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Silvia Malamud
Abusadores nunca assumem a responsabilidade pelo seu comportamento pessoal. Pelo contrário, impõem a responsabilidade às outras pessoas ou ao mundo externo. Alguém sempre é culpado pelo seu erro e, nas raras vezes em que reconhece, considera como um engano. Coloca-se como perfeito, e os outros é que são maus e falsos.
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Silvia Malamud
Jamais banalize situações incômodas. Ao menor sinal de desrespeito, o sinal vermelho deve ser acionado.
Se esbarrar em algo que cause o menor ruído emocional, alertando que o desrespeito está no ar, mesmo que velado, a ordem de comando é mudar de postura e de atitude frente ao que se vê, ouve ou percebe. Mesmo que seja um mínimo de conversa que soe com tom de desrespeito, o sinal vermelho imediatamente deve ser acionado. Coloque limites sérios e, sob hipótese alguma, busque aceitar ou relativizar abusos.
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Silvia Malamud
A insegurança muda a percepção da realidade, tornando as pessoas reativas, submissas, julgadoras ou indiferentes.
A maioria das pessoas deixam de ser elas mesmas por medo de serem julgadas e se tornam reféns do olhar alheio. Mal sabem que esse julgamento de nada vale. Somos apenas um instante na percepção de quem quer que seja.
Invista seu tempo pessoal e sagrado conectando-se com a sua riqueza interior e ofereça o seu melhor para o universo, confiando na prosperidade que desde sempre existe em você.
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Silvia Malamud
Podemos dizer que as manipulações, em geral, são atuações comandadas por processos inconscientes. Por exemplo, mesmo que o abusador tenha consciência de que ele não pagou uma conta e que a responsabilidade deveria ser dele, ainda assim, a tendência é que ele acuse o outro por não ter avisado ou não ter deixado a conta em seu campo de visão.
Mas ele não faz isso de modo consciente. O abusador tem como costume conceber-se como vítima de pessoas incompetentes, burras e que "não são boas o suficiente".
Isso acontece porque ele é movido por um mecanismo inconsciente: a inversão. Devido a um histórico de muito sofrimento em determinado momento de sua existência, e como mecanismo de sobrevivência para não surtar, morrer de tristeza, desamparo ou solidão, em algumas pessoas, o cérebro fez uso de uma estratégia conhecida como dissociação, uma resposta da máquina biológica para jamais entrar em contato novamente com algo que, no passado, lhe pareceu ameaçador ou quase fatal.
O resultado é um adoecimento mental onde a pessoa consegue viver em sociedade, mas em meio a um grande viés emocional. Aquilo que está escondido em si mesmo acaba sendo projetado no outro, com o intuito de proteger e preservar sua suposta autoimagem. Justamente por isso, o abusador não sente culpa ou remorso porque o mal, para ele, está fora.
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Silvia Malamud
Como todas as mães deveriam ser com os seus filhotes! Oferecendo proteção e amor acima de tudo, preparando as suas crias para acreditarem em seus potenciais, na vida e no amor… Feliz Dia das Mães!
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Silvia Malamud
O gaslighting é uma forma de abuso psicológico no qual as informações são distorcidas, seletivamente omitidas ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar da sua própria memória, percepção e sanidade.
É uma forma de manipulação e violência psicológica difícil de detectar e que coloca as vítimas em risco, principalmente quando estas demoram tempo demais até terem clareza do que está ocorrendo em suas vidas.
Quando mais cedo a vítima souber sobre a pessoa com quem está se envolvendo, mais garantida ficará a sua proteção em todas as áreas da vida.
No início de uma nova possibilidade afetiva, manter um certo distanciamento, atentando-se para não fazer nenhuma observação cega contaminada pelas próprias paixões e desejos, pode. Literalmente, valer a vida.
Observar com um certo distanciamento tudo o que outro contar sobre sua própria história, em especial se este fala muito mal de suas ex-parceiras e se coloca como vítima da má sorte, são fatores importantes de se ponderar.
Se acaso existir algo no ar que traga um certo desconforto e clima de insegurança, a melhor dica é não entrar de cabeça na relação.
Em relacionamentos abusivos, passado o momento de sedução onde tudo é maravilhoso, começa a fase da desqualificação massiva.
As vítimas costumam ter dificuldade de perceber o que está acontecendo porque tais situações desconfortáveis surgem quando menos se espera e, gradativamente, vão se sentindo mais angustiadas, confusas e culpadas.
Ter clareza do que está acontecendo e romper com os abusos sofridos não é tarefa fácil. Para sair de um ciclo tóxico de modo triunfante, a sugestão inicial é a escuta do alerta interno que os mecanismos de sobrevivência sempre insistem em avisar.
Ao sentir que algo de errado está acontecendo em sua vida, jamais banalize tais avisos. Atitudes de fortalecimento por meio de leituras, conversa com amigos e ajuda terapêutica competente sempre serão benéficas.
Conforme as evidências vão tomando corpo, existe a total possibilidade de sair desse tipo de relação de modo convicto. Manipulações perversas são de difícil detecção, mas não de impossível captura. O auto resgate e as forças pessoais se ampliam quanto mais lucidez e atitudes em nome da vida ocorrerem.
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Silvia Malamud
Qual o seu limite da tolerância em várias situações da vida?
O quanto você costuma abrir mão de si em nome dos desejos e humores do outro, correndo o sério risco de perder a sua própria identidade?
Até que ponto você ignora sensações, justificando comportamentos inaceitáveis e duvidando dos seus próprios julgamentos para estar em uma relação, não levando a sério os sinais de sobrevivência que o seu corpo te alerta?
Pessoas envolvidas com manipuladores e predadores emocionais tendem a perder a memória e a referência de quem são ou de quem um dia foram. Paralisam-se num processo traumático existencial, chegando ao ponto de duvidarem do seu próprio senso de realidade. Um dos piores estágios ocorre quando passam a acreditar que os seus pontos fortes jamais existiram.
Quanto mais ignoram os seus limites de suportabilidade, mais espaço o abusador tem para fazê-las sofrer e mais o final da história pode colocá-las à beira de um perigoso colapso físico e emocional. Como alerta de sobrevivência, é preciso saber e honrar o próprio limite pessoal, até onde ceder e onde não ceder em hipótese alguma.
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Silvia Malamud
Um dos modos mais sutis e de difícil detecção de abuso emocional e controle acontece quando o outro coloca pressão em tudo.
Um dos modos mais sutis e de difícil detecção de abuso emocional e controle do outro acontece quando a parceria afetiva ou parental coloca pressão em tudo. Nesse clima nocivo, qualquer fala ou atitude diferente das expectativas poderá gerar na vítima situações insuportavelmente mais tensas, que receberá palavras tão carregadas que em algum momento culminarão num grave mal-estar interior.
Tanta pressão dentro de si pode acabar resultando em uma explosão ou se esvair em profunda angústia, tristeza e apatia, além do risco de carregar uma culpa indevida.
Se a vítima não estiver desperta nesta trama onde, ao tentar fazer a “coisa certa”, infindáveis vezes passa por cima de si mesma, pode acabar por criar um complexo prognóstico de adoecimento físico e mental. Quem passa isso sabe muito bem como funciona. É tão sutil, triste e assustador que parece ser melhor negar tudo fazendo o jogo do “contente”, como se não estivesse sendo afetado, do que enfrentar a situação abusiva.
Quem aceita e compactua com este jogo tem medo de romper com a frágil fronteira de "pseudo paz", desequilibrando o parceiro a ponto de que a tensão constantemente vivida fique visível demais na relação. O problema é que quanto mais um cede, mais o outro ganha espaço e poder, instalando um arsenal de censores restritivos e de acuamento, tornando a parceria afetiva e familiar num verdadeiro inferno. Se a vítima continuar preferindo a "pseudo paz", ficará cada vez mais restrita em suas expressões de vida.
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Silvia Malamud