Quem bisbilhota e se intromete na vida do outro pode dizer querer bem e ajudar o próximo. Muito poucos, porém, estão comprometidos com uma verdadeira relação de amor e compaixão para com seus semelhantes. Na verdade, o intuito subterrâneo é de se ter alguma notícia ou novidade para que a mesma seja julgada por critérios e valores contaminados pela inveja crônica.
E por que é tão difícil deixar de se ter inveja no pior sentido da palavra? Simplesmente porque o que é invejado no outro, via de regra, sempre é a expressão exata da não-realização dos próprios desejos mais profundos.
E a solução? Tomemos como resposta o desafio de conseguir olhar para as profundezas de si mesmo, de desarmar-se a ponto de poder entrar em contato com toda a realidade dos sentimentos ativados na hora em que se quer saber da vida do outro, sendo humilde e maduro o suficiente para se auto-enfrentar e, por fim, ter coragem para se assumir.
E qual seria a finalidade de tudo isso? Para que e por que parar de bisbilhotar a vida do outro? Para que o essencial da alma possa ser libertado de todas as limitações que o aprisionam impedindo a sua evolução. Bisbilhotar e invejar a vida do outro reduz a capacidade de ser criativo, pois a vida, para este tipo de indivíduo, acontece apenas pela janela, limita o ser humano a um sistema robótico que bloqueia tanto sua energia emocional como a vital. Bancar a si próprio e sair para o mundo pela porta da frente, de peito aberto e de cabeça erguida não é tarefa fácil para quem não está acostumado, mas ousar apenas ser não tem preço e liberta. Lembre-se: é você quem escolhe. Sempre.
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Silvia Malamud
Uma emoção forte – que pode representar ameaça ou conforto e segurança ao sistema de sobrevivência - poderá ser ampliada ou bloqueada pelo cérebro inconsciente. O caminho que esta informação percorre também será armazenado, criando-se assim, memória. Com isso, um simples gatilho de ativação no sistema desencadeará o mesmo comportamento e, dependendo das sucessivas ativações, o comportamento se tornará mais rápido e mais automático. Como exemplo, podemos compreender alguém que, de repente, sem mais nem menos transforma-se num pavio curto e explode emocionalmente. Quando isso acontece, certamente um ou alguns de seus gatilhos inconscientes de informação armazenados foram acionados. Isso também serve para compulsões, medos e fobias.
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Silvia Malamud
Todas as nossas memórias são atemporais, trans-geracionais e alocais. Toda e qualquer memória pode ser resgatada e redefinida. Nossos piores mandatos estão guardados nessas memórias quando associadas a experiências perturbadoras. O pior é que, mesmo quando a mente consciente aparentemente esquece, o inconsciente, enquanto não visitado, direciona estes mandatos para a realidade na forma de doenças e de toda a sorte de infelicidade possível.
Como mudar estes padrões que quando atingem nossas sinapses neurológicas transformam as nossas realidades em situações danosas? Com EMDR, abordagem direta ao inconsciente e Brainspotting.
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Silvia Malamud
As nossas identidades estão organizadas num espaço temporal que pressupõe a continuidade de um “eu” (mutante por natureza), com uma sucessão imaginária de momentos - que se processam no presente - que o sustentam. A grande questão aqui exposta é a de que o tempo objetivo, como o concebemos, não existe...
O homem da antiguidade, para sobreviver, teve que inventar o mundo, a realidade e a cultura. Desenvolveu então uma ficção, uma construção imaginária que passou a chamar de tempo. Faz tanto tempo que se inventou essa história da linha do tempo que passamos a acreditar que se trata de algo real.
Atualmente existe uma pesquisa antropológica em uma tribo indígena onde a construção de realidade está baseada somente no agora. É altamente difícil e até mesmo inconcebível, para nós, compreender esse tipo de funcionamento da consciência.
Em nosso universo cultural, a sanidade é vista como uma construção coletiva de realidade compartilhada. Podemos observar o cinema, as revistas e a TV cumprindo a função de organizar protótipos históricos de projetos vitais que seriam vistos como os valores e as carreiras que o sistema social aceita e indica. O “script” transmitido pelos pais também pode ser visto como a primeira trama histórica a ser vivida.
Na jornada da ampliação da consciência, a pessoa deve procurar se transformar ao mesmo tempo em que preserva a sua identidade. Deve sempre primar por ter o sentido de reconhecimento de si mesma, fazendo leitura de suas sensações e sentimentos com relação ao novo, associando-se ao que apreende e ao que recorda de si mesma em sua história de vida. Enfim, transformando-se em outra, integrando todos os “eus” que vivenciou rumo ao “eu” que almeja ser.
A nossa consciência é pontual, ou seja, somos um “eu” mutante que se apropria de si mesmo de instante a instante. A continuidade da consciência ocorre como resultado de uma construção imaginária temporal que está inserida na cultura e na história.
Falamos com bastante ênfase neste aspecto da trama do tempo porque os buscadores dificilmente raciocinam sobre este aspecto da existência, mas se a busca for séria e comprometida, é certo que num dado momento acontecerá a tomada de consciência da inexistência do tempo como qualidade objetiva.
O desarmamento desta construção cultural pode trazer a vivência de um vácuo quase que insuportável. Nesse ponto de desconstrução dessa trama, muitas vezes o buscador pode ter uma enorme surpresa ao se deparar com um imenso vazio... Um momento verdadeiro e passível de ocorrer quando constatamos que o tempo é uma mera construção cultural no processo da vida, e que este contexto apenas nos dá a ilusão de um filme em movimento.
No encontro com o vazio pode-se encontrar a potência da criação das realidades dinamizadas por um “eu” saudável. Na desconstrução da trama da realidade temporal podemos encontrar a liberdade de uma ação altamente criativa e totalmente lúcida, onde a cultura e a história são utilizadas apenas como ferramentas para nos expandirmos na existência. Essa é a possibilidade de se sair do esquema robotizado e finalmente se alcançar o começo de tudo, o SER.
Portanto, se em algum momento, em sua jornada de ampliação da consciência, você tiver a experiência da desconstrução dessa trama, não se desespere, aja.
A percepção define o presente, que é só espaço, e por outro lado a memória (o estoque de informações) define o passado... e você está no aqui! Aproveite tudo isso no topo de suas possibilidades! Algumas possibilidades experenciadas na desconstrução do tempo: o tempo expandido; a percepção de viver uma eternidade num instante (samadi); a exaltação de um triunfo esperado; o orgasmo; um êxtase do sagrado. Se você estiver lúcido, terá o prazer de se perceber fora do tempo combinado na atual trama cultural.
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Silvia Malamud
Quando nasce uma criança e os pais escolhem para ela um nome, achamos que este nome é fruto da criatividade dos pais, mas, na realidade, o nome vem através de inspiração divina. O nome não é algo “decorativo” na vida de uma pessoa, ele traz profundas implicações espirituais.
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Silvia Malamud
Amplifique a consciência dos seus propósitos sem perder a referência do universo dos seus semelhantes. Muitas vezes imaginamos que estamos ajudando o outro abandonando a nós mesmos e falhamos duplamente. Por vezes ajudar é sair da frente. É deixar de se achar imprescindível e focar no imprescindível para a própria vida.
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Silvia Malamud
A mente humana é uma faculdade sensorial da inteligência. Sua função é captar informações que são armazenadas nos neurônios cerebrais pelos outros sentidos normais do ser humano. Nossa mente tem condições de captar e imprimir qualquer tipo de informação em uma célula viva. Através de nossa vontade, temos condições de entrar em sintonia com qualquer centro cerebral e levar à consciência a informação que se encontra ali armazenada.
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Silvia Malamud
Todo pensamento é a percepção de uma outra realidade que coexiste. A experiência direta pode surgir de uma harmonia entre as camadas de realidade.
Fazer o pensamento se tornar experiência é possível através do conhecimento sobre como o pensamento funciona. Observar o próprio pensamento se formar, ler o pensamento antes dele se tornar linear, observar a sua origem, criar imagens projetivas...
Onde quer que você vá mentalmente, lá você está. Se todo pensamento é a percepção de uma outra realidade que coexiste, então toda vez que pensamos em estar doentes ou morrendo, realmente estamos em alguma camada da realidade doentes ou morrendo.
Para o cérebro tudo está acontecendo no agora, não existe a linha do tempo tal qual conhecemos. Um evento traumático antigo pode ainda existir em outra camada de realidade, influenciando nossas ações e pensamentos. Existe cura emocional quando existe o acesso a essas memórias e a possibilidade do reprocessamento, juntando-se os recursos que a pessoa adquiriu além do trauma e também no percurso de sua vida. O EMDR e Brainspotting abrem caminhos para se fazer a viagem da consciência lúcida, de resgate e de conquista de si mesmo.
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Silvia Malamud
Se sentimos uma identidade unificada desde o nascimento até a morte, é porque construímos uma cômoda história sobre nós mesmos, ou uma seja, uma confortadora narrativa cristalizada do “eu”, uma zona de conforto.
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Silvia Malamud
Quando perceber que sua mente está “catastrofizando” sobre um evento futuro, pense no que de pior poderia acontecer e na sequência faça um pequeno teste de realidade: qual a real probabilidade dessas situações negativas acontecerem? A partir daí, observe esses pensamentos como se fossem um filme passando em uma tela e escolha versões positivas, sentindo efetivamente o prazer e as emoções de estar vivendo em todas elas, sempre no seu melhor. Habilite-se a mudar de padrão. Você pode, você merece!
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Silvia Malamud