Jamais compactue com algo que possa te corromper moralmente. Todos nós temos obrigação de nos fazer valer em qualquer tipo de relacionamento que nos acue.
Se estiver na dúvida sobre estar ou não vivendo uma situação abusiva, observe se sente algum ruído emocional, se o medo e a tristeza imperam e se os seus breves momentos de alegria são porque você não foi abandonado e está num momento sem ameaça.
Não confunda amor com trégua de tranquilidade e jamais cometa o erro de abandonar a si próprio.
????Quanto mais despertos, melhor!
Silvia Malamud
A cada situação mal resolvida, deixamos um pedacinho nosso preso no tempo e no lugar dos eventos ocorridos. Enquanto não entrarmos em contato com esses pedaços, estes momentos, por mais que possamos não querer, estarão nos afetando. Terapias de reprocessamento cerebral em EMDR e Brainspotting são as melhores formas de fazer as pazes com o seu passado.
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Silvia Malamud
Empatia, compaixão e sintonia são palavras que não constam no dicionário afetivo de narcisistas perversos. O contato olho no olho e o "eu te percebo, você me percebe" dificilmente acontecem ou mesmo inexistem nessas relações. Não há ligação emocional e as relações crescem num clima condicional, sob um pano de fundo de crítica, onde os parceiros ou familiares frequentemente sentem que nunca serão suficientemente bons perante o julgamento sobre o que seria o ideal para contentar o outro. Permanecem, portanto, subjugados e como reféns, com as vidas paralisadas à espera de algum gesto que ofereça um mínimo de aprovação, uma migalha de afeto.
Se almeja ser feliz em meio a uma relação tóxica desta ordem, saia dessa frequência, mude o seu filme interno e nunca espere nada além do que você já sabe que eles são, pois estes jamais irão mudar esse tipo abusivo de comportamento. Busque ajuda para se desvencilhar, resgate a sua autoestima e autonomia pessoal e reinvente-se.
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Silvia Malamud
Todos nós interpretamos o amor ideal como se alguém no mundo tivesse nascido exclusivamente para nós e que, somente quando encontramos o tal amor verdadeiro, poderemos ser felizes para sempre, exatamente como nos contos de fadas.
Na ideologia do amor, impera a lei de que é impossível ser feliz sozinho e que sem uma parceria afetiva a vida estaria fadada ao fracasso.
Nessa perspectiva, o risco de se entrar em relacionamentos abusivos é enorme. As evidências da vida nos mostram que a nossa felicidade nunca poderá estar nãos mãos de ninguém. O amor ideal, portanto, é uma invenção e uma convenção social que pode ser questionada e reinventada de acordo com a individualidade de cada um.
Numa pesquisa histórica, podemos observar que a forma e o amor que temos hoje é bastante distinto de tudo o que já existiu. Observando algumas tribos indígenas, por exemplo, podemos notar que os laços afetivos que os unem variam de modo estonteante dependendo da tribo e da época. Ao longo da história, também temos diversas variações sobre o que pode significar o amor e os laços afetivos.
Amar não é e nem precisa ser igual para todos. Vemos direto pelas mídias que ter um relacionamento afetivo não é exemplo de felicidade. Ninguém garante isso e o que mais recebo em meu consultório são pessoas vítimas de abusadores que, apesar de todo o mal-estar sofrido, ainda acreditaram que poderiam magicamente transformá-los em relacionamentos ideais.
Toda sorte de dor e desespero é lançada quando se tenta tapar o vazio interno com a promessa da felicidade no amor idealizado, mas ninguém tem o poder de preencher o outro em sua identidade e destino.
A lição mais contundente de todo este cenário é que as nossas questões emocionais e existenciais não se resolvem com o uso de muletas externas. A vacina e o antídoto mais eficientes são o conhecimento sobre o tema, autoconhecimento e, quando necessário, uma boa terapia.
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Silvia Malamud
A família tem como prática agir dentro de um padrão onde é frequente um falar mal do outro e onde as pessoas dificilmente se enfrentam de modo direto. Tomam partido fazendo alianças sobre quem é o bacana do momento em detrimento de um outro que foi grosseiro, egoísta, ou o que quer que seja.
Na trama, por conta da insuportável carência afetiva, a lei compactuada é a da aliança entre os “fortes” mediante a desqualificação abusiva do outro. O ensinamento é que, para ser visto e, portanto, para existir, deve se comportar desta forma.
O clima entre todos é sempre de tensão e de desconfiança. Reina uma espécie de doutrinação envolvendo comportamentos velados.
As vítimas deste sistema abusivo ora são passivas demais por não entenderem ao certo o que se passa e por se sentirem indevidamente culpadas, ora são agressivas demais quando passam por algum rompante alucinado de lucidez. Nessas ocasiões é comum acontecerem explosões de raivas e de fúria. Um sistema infeliz, onde ninguém sai ganhando.
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Silvia Malamud⠀
Estamos acostumados a nos boicotar, acomodados psiquicamente em um modo de ser onde achamos normal uma baixa qualidade de vida. Que possamos estar alertas e em retidão de alma para que essas possíveis interferências não paralisem e, ao contrário, se transformem em algo melhor.
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Silvia Malamud
Nunca foi fácil a escolha pela via da lucidez. Esta é uma escolha que a principio dói bastante, mas que não tem volta. Com o tempo e como alento, você passará a ver que a grande maioria das pessoas funcionam como robôs, e você, conhecedor, será o observador ativo que terá conquistado habilidade suficiente para transitar e poder criar deliberadamente suas próprias histórias com a maestria da invulnerabilidade.
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Silvia Malamud
As vítimas sentem que precisam ser validadas em seu amor e, por conta dessa carência, ficam aprisionadas na tentativa de acertar as cada vez mais difíceis e infundadas cobranças. Sequer suspeitam que os seqüestradores jamais se satisfarão. No seu adoecimento, eles têm a incrível capacidade de projetar em suas vítimas o medo de serem rejeitadas e habilmente as fazem acreditar de que, sem eles e o seu pseudo-amor, elas não sobreviverão. Quando a trama é desfeita, o medo da rejeição tende a voltar para os seqüestradores que, como conseqüência, podem passar por momentos depressivos - se acaso conseguirem entrar em contato com os seus próprios temas - mas também podem nem chegar a entrar em contato e, de imediato, saírem em busca de outras presas. Também podem inferir uma espécie de ódio mortal naquela que desistiu dele e que, portanto, rejeitou-o.
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Silvia Malamud
Mães narcisistas dizem que amam, mas suas atitudes revelam o oposto. Inserem culpas abusando do status de mãe culturalmente a elas cedido, se autointitulam como boas e amorosas, mas as suas reais atitudes, que na maioria das vezes somente acontecem nos bastidores, é revelam quem de fato são. A sensação emocional passada aos filhos é de que o que se faz nunca está bom e que poderia ser melhor e que elas, as mães, certamente fariam ou fazem melhor. A mãe narcisista luta contra tudo e todos para se proteger de um possível acesso ao seu verdadeiro eu, por medo de um suposto ataque desintegrador. Com isso, cria máscaras de magnanimidade e de falsas perfeições.
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Silvia Malamud⠀
Daqui por diante, lembre-se de que você é quem define seu próprio voo, sempre.
Antes, por falta de consciência, acabou por "permitir" que outros traçassem os seus próprios projetos de voo, entrou em filmes e cenários que não tinham nada a ver com o que de verdade te satisfaz.
Agora, porém, em seu voo solitário aprendeu a reconhecer sua alma e já sabe fazer uso do prazer único que isso lhe promove e que de fato é o real sentido de sua vida, não havendo, portanto, nunca mais espaço para que você se corrompa nos desejos dos outros.
Você adquiriu a capacidade de se ler e de se honrar seguindo e olhando sempre adiante, sendo sempre um ser mutante e criativo que se reconhece em si mesmo a cada nova respiração.
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Silvia Malamud⠀